viernes, 7 de diciembre de 2007

A tua lembrança

A tua lembrança
me acorrenta
e tenta me manter
na tua prisão
digo
-não! Sou liberdade plena!
que pena, sou poema
e como poema
sofro de paixão
e a paixão (hás de convir)
não tem razão
e quando quero
te trazer de volta
pra minha sedução
balanço um samba
de uma só nota
cheia de emoção
quem me vê
assim tão solta
nem imagina
que por dentro
da pouca roupa
guardo uma paixão
raivosa, louca
sem noção.
E contraditória
faço planos
de no teu céu
noturno e “mundano”
deitar meu corpo
desejoso
junto de teu corpo
luminoso
e penetrando
o universo
inverso da eternidade
não ter desengano
não sentir saudade
não morrer lembrando