sábado, 23 de febrero de 2008

Canção doída

Não distribuas por aí estes beijos
Eles são meus por direito
Não te livres não me libertes

Não nos deixe assim
Mas, se é o que queres.
Eu aceito
Te espalho
Me espalhando
Em outros leitos
Distribuo por aí
Os espaços
Dos braços
Que são teus
Não vou fazer nada pra te ferir
Mas há de fluir naturalmente
Não te desiludas nesta canção
Que é mais um desabafo
Assino a carta de alforria
E sigamos um pra cada lado
E quem diria amor “desalmado”
Nesse mundo tão pequeno
Eu acho que nos perdemos


(...)
Continua...

Canção "Cumi"

Eu me perco
E me acho
Bem distante
Do ultimo lugar
Onde me vi
As pessoas que me perderam
Nao me acham o bastante
E me ficam
Procurando
No mesmo lugar
Onde estive antes
Buscando
O que já nao está
Num lugar comum

viernes, 22 de febrero de 2008

Canção reincidente

A ausência,
É só falta.
De coincidência.

Canção sem noção

Sorrir ao meio dia
é muito esforço pra mim
esses dias tão secos de calor
(meio loucos)
é lua cheia
(pense um pouco)
sinto frio mais pra cima
sinto calor mais pra baixo
penso em viajar vários dias
penso em me abandonar
na porta da igreja
ou de uma danceteria
logo desisto
pensei demais
se fosse pra ser seria
se amanhã tiver futuro
(?)
que ele venha
sem eu esperar
e que ele não espere
que eu vá
porque ultimamente
ando intranqüila
e pairo agitadamente.

Canção e tal

O que faço com essa saudade?
Que eu sinto de ti?
O que eu vou fazer meu Deus?
Pra esquecer esses olhos teus?
E deixar-me ver por outros poros.
Teu cheiro imploro!
Quero esquecer.

O que fazer? Se cada vez que te mato,
Sinto-te renascer mais bicho do mato.

E mesmo sem querer acredito
Que é sorte te querer e ter-te tido
Assim sem norte
Navegando o tempo
De sentir tal sentimento
Que se o futuro não veio hoje
Certamente pensa em vir
Enquanto não, não cabe aqui.
Nessa canção
A saudade
Que sinto
De ti sentir

Quase canção

Eu quis amar-te, isto é segredo,
Que só de ti soube se guardar.

Canção para um sem canto

Me diga por qual porta você volta?
Diga, eu quero trancá-la.

Por qual janela você retorna ?
Diga, eu vou fechá-la.

Eu te deixo lá fora no vazio
E quando olho
Ó você aqui de volta
Dentre as águas do meu rio
Olhos
Pele
Boca
Nariz
Me diz, como pulas o muro que eu te fiz?

Te apanho
Te jogo no frio
Você volta
Eu te aceito
Noite é cio
Amanheço
E recomeço
Teu exílio

Você me atrapalha
Me encalha
E não sofre com isso

Entra onde não havia porta
Escapa feito gás
Me diga por onde você sai?
Me diga por onde você volta?

Dentre as águas do meu cio
Teu rio de correnteza mórbida
Vazio de ti entorna-me
Deita-te e em mim transborda
Essa paixão feita de sonho
Que jáz e não está morta

martes, 19 de febrero de 2008

Canção do mar e do amar

Amor o mar esta enchendo
D’água que nele já é movimento
amor vim me dar e te encontrei
chovendo
deixe estar
deixe a flor brotar do cimento
quebrar o duro muro dos teus
sentimentos

amor te amar esta sendo
arrebatador
subo ares, arcos incolores
venço os mares e as dores
pra chegar a teu corpo
tropeço
despeço
despenco e não chego
a te alcançar um gesto
e eu quero teu peito
teu braço
teu leito
e todo o resto

antes tarde do que cedo amanheço
e eu gosto da noite pra acender velas
iluminar teus, teus moinhos
de pensamento

Pensa, mas, pensa bem amor
Não quero dor de desapego
Quero chamego festa sons
Bons ventos me trazem
Movimentos que fazem
Fazer bem
chega logo e colhe esta flor
de desassossego.