viernes, 1 de febrero de 2008

Desencanção I

Se eu for
se tu fores
resguardemos em algum canto
esse amor de rancores.
guardemos dentro da alma apenas
o desejo que nos trouxe pra dentro
de algum canto de nossas almas
e de teu apartamento
se eu for
se tu fores
não escrevas data nem se dê conta
pendura tudo no papel branco
tudo que não foi dito
tudo que não foi pedido
tudo que foi muito sentido
mas, perdido jaz no infinito
do jamais acontecido

livra-te de ter-me viva
eu nasci pra ser lembrança
deita-me em uma pagina branca
e só assim me queiras rever
só assim através de tuas letras
tão mal feitas
só assim me queiras bem
e serei eternamente
tua amada mulher resistente
neste universo de mágoa
e de estrelas
desse amor cadente.

martes, 29 de enero de 2008

Cançao desoriente

Eu quis amar-te
E coloquei-te acima das outras criaturas.
Meu engano. Só assim foste meu.
Só no meu querer-te te tive.
E não chego a esquecer teu beijo, teu cheiro, tua carne dura.
Tremo, é muito o meu desejo, meu erro, mata-me,
E só por querer não te vejo, só vens quando queres.
E eu só quero que me queiras. E por isso ardo
E ferve toda minha água no teu jeito.

Eu quis te dar minha estrela
E te ofereci tão generosa,
Uma parte do meu céu
E quando escurece se ilumina
a outra parte da tua china
desse amor desoriente.

Desencanção

Em tudo há duvida e eu descontento.
De incerteza quedo e arrebento,
São tantos meus sentidos,
São tantos sentimentos,
Em tudo sinto parado o tempo.
As travas do destino que chega lento.
Peço que passe essa dureza,
Dos corações que não são meus.
Antes que endureça eu.

Não saberei viver sem esperança,
Que amanha existe algum lugar,
Menos denso onde eu possa cantar,
O que sou de mais intenso.
De divina, de festejo, penso que essa “concretude”,
De desejos não pode perdurar em meu caminho.
Meu coração ninho de pássaro solto,
de criança rindo, estradas que eu não fui
e continuam indo.

Cançao desenredo

Presto atenção nos sinais,
de quem não quer mais sedução.
são menos que palavras,
e não chegam a ser silêncio.
é tenso, não olha no sentido dos meus olhos.
foge que teu descaso não compensa,
resta-me saber voltar de onde não fui
sem desespero, mas, matar um sonho é sempre ruim
mas ainda não tinha sido tanto assim
o fim é sempre triste, mas, chega em tempo
de fazer alguém feliz
e se não fui eu
ofereço esse sangue a Deus
e quero para os teus
todo o bem que não fizeste
nem a mim nem a ninguém
e que por findado se dê esse desenredo
segredo que todo mundo ouviu.
Silencio!
vem vindo um choro teu.