jueves, 20 de diciembre de 2007

sentido sentido II

Ai que dor
no meu sentido
digo que sinto muito
mas é um labirinto
que se acha perdido
dentro de mim
de ti
ai de nós

miércoles, 19 de diciembre de 2007

I

Só porque não vens te espero
e espero te dar o amor
que em mim só começou
Só porque não és te quero
e quero saber se o meu querer
em ti já se entranhou
E só porque não estás me desespero
sei quanto fogo és
sei quanta água sou

II

(...)
consulto os astros à parte
fora estás tão distante
e em mim em toda parte
tenho ciúme desse Vênus
em teu Marte

III

(...)
consulto os arcanos maiores
vejo em meu caminho
tua vastidão meu desatino

IV

(...)

eu te quero com a intensidade do que ferve
eu te quero água ardente
e espero que não seja breve

V

(...)

desejo-te como amante
desejo-te na pele
mas se não me amas não me serves
morro de pena de não te dar
esse amor poema
e enquanto não vens eu te invento
na minha voz na voz do tempo
dia e noite tento
sustentar esse amor em mim
madrugada adentro a minha alma
a tua alma goza
escorrem rios de águas mornas
teu corpo em meu corpo navega
e por dentro naufragam...

VI

(....)
mas tu não viste
não vieste
E só porque não vens ainda te espero
foi o teu partir que em mim ficou
sempre partindo
preciso te dar o que em mim já transbordou
e todos querem ter amor o que é teu
e eu não dou
há muito sou tua e sei que não sabes
mas eu preciso te dar o que em mim já não cabe

martes, 18 de diciembre de 2007

hiato

O nosso caso em questão
continua sem resposta
quem cala assim não consente
foge fala desmente
mente que não gosta
do meu corpo em ebulição
cobiça mesmo tem
esses teus olhos
de chá verde mate
onde navego seminua
“semi tua desnavego”
Empate!
nosso caso sem resposta
continua em questão
que tédio!
lento assim se arrasta
em minha mente
mente que não sente
que de mim não gosta
se engana
me esgana os sonhos
se plante!
e renasça!
não vejo graça
no seu descabimento
dancei lento
meu desalento
fui pedra em tua vidraça

Conclusão

nada sei enfim
mas tua mão
de certo
fica melhor em mim

lunes, 17 de diciembre de 2007

...

Um riachinho de água pura
que perdura
semente do fogo
água ardente
Correndo em mim
constantemente
Pedra cortante
lua nascente
dança in natura
veneno das serpentes
paixão que dura
dura corrente
laçada no antigamente
ar puro essência de flor
amor maduro
fruto doce dissabor
o tempo girando
amor em moinhos de vento

Explicação

A ausência
é só falta
de coincidência.

sentido sentido

Estou sentindo
e sinto muito
Estou mentindo
e minto muito
a falta do que sinto
fingindo
forjando
fugindo
indo
pra longe de mim
pedindo
perdendo
o sentido
do sentimento ruim
cão raivoso
mordendo
no osso
carne de pescoço
gosto de sangue
nervo nervoso
estou vivendo
o alvoroço
de uma paixão
sem paz
sem chão
sem mais
sem barco
sem cais
sem voltas
sem vais