jueves, 14 de febrero de 2008

Canção da palavra

O amor a palavra escrita
Me excita, me salva
Não me excede
Nem me falta
Amor a palavra dita
Cala
Que dentro em mim tudo grita
Mas isto também é fala
Ah o amor a palavra não dita
É a navalha da língua que me escapa
Ate a ponta dos dedos e se pinta
Num grande amor que ainda me falta
Porque me falha o amor na hora dita
E quem eu amo só acredita
No amor que da garganta salta
E meu amor é palavra escrita
O meu amor bem dito sem
Fala

É bendita palavra que nunca se
Acalma

miércoles, 13 de febrero de 2008

Canção conhecida

As coisas não são
como cantam os poetas
Não as coisas não são
Não há nada de bonito em ser triste
E nem é boa a solidão
Os poetas não sentem o que dizem
E se sentem não sabem não
Como é ruim ser triste
Como dói a solidão
O tempo passa, mas, é como se não
O mundo continua...
E a gente continua sozinho
Como é belo o pranto dos poetas
Como cantam seus passarinhos
Mas a minha dor é humana
Vaidosa e possessa
Poderosa dose de ilusão
E não há nada de lindo
Em chorar sozinha
Dormindo e acordando
Sonhando como seria
A rosa se não tivesse espinho
E se não fosse cheirosa

Canção tonta

Perdi as contas
Tantas vezes quanta
Tentei fazê-las
Fiquei tonta
E só mesmo entontecida
Consegui fazer-te
Amor em minha vida
Com fogo e sem afeto
Foste honesto
Não te quero mal
O que eu te dei
Paixão
Foi mortal
Jasmim de sangue
Desacato amoral
Teus maus costumes
Fizeste-me mal
Perdi-me nas contas
Da guia de tua santa
E perdida me achava
Amando-te
Mas, amar não é esta pena
Que me dá quando não estás
Isto é apenas desejo
E desejo hás de convir
Não sobrevive sem beijo
Sem mover-se de mim
E é talvez por isso
Que perdi as contas
Tantas vezes quanta as fiz

martes, 12 de febrero de 2008

Canção triste

Triste por dentro
Com a falta de cuidado
Com esse sentimento
Recém semeado
Aqui por dentro
Triste um bocado
Desgostosa olho em volta
E de nada me agrado
Me esforço solto um riso
Só eu sei o que tenho sofrido
Por esse senhor desalmado
Talvez ele não tenha notado
O quanto me é necessário
Ver o seu sorriso
Talvez tenha esquecido
Do quanto é preciso
Cuidar do sentimento
Recém semeado
Aqui por dentro

Só não te digo tudo isso
Porque sinto
Que não darás o valor devido
Estou triste
E estar triste é preciso
Eu tenho sentido
A falta tua
Meu senhor desalmado
Que comigo
Não tem tido cuidado

lunes, 11 de febrero de 2008

Canção ferida

Só resta o ciúme e o desdém
Ninguém é de ninguém
E eu nem me toquei disso
Será que o pra sempre existe?
E dura quantos ciclos?
A vida deu uma volta,
E nós não estamos mais no mesmo lugar.
Sim, eu sonhei muita coisa.
Sem limites eu sonhei com alegrias eternas.
Que não fosse fácil, mas, que nos desse força.
E de repente.
Só resta a dor.
E nada mais faz sentido.
Onde estava o amor enquanto eu chorava?
Onde estavas?
Tudo acabou e agora só nos resta,
Viver.
Que todo sofrimento nessa vida é bem vindo.
E que Deus cuide em cuidar,
Dos nossos futuros dissabores.
Aumente as flores.
E disfarce os espinhos.

Canção disfarçada

Hoje não te vi.
E não tive vontade de viver.
Cai madura de florir.
Morri cansada de sofrer.

Cançao da Aurora

(...)

Hoje é Feriado,
No meu vestido,
Cor de céu nublado.
Na boca carmim vivo,
E são tantos os anéis,
Dos meus dedos coloridos.

Aprendi a andar sozinha.
E estar sempre comigo.
Esquecida de ser isso ou aquilo,
Sou uma criatura só minha,
E isso foi depois que descobri,
Que nunca anoitece na rua da aurora,
Mas, isso é outra história.
Eu falava do feriado
No meu vestido lilás e cor de rosa.
Cana, caju e coisas gostosas...
Amigos que vem e vão,
Nas horas que o amor vem não,
Essa tua demora de ser,
Mas, na Rua da Aurora,
O dia não para de nascer.