viernes, 18 de abril de 2008

Canção de minhálma

Minha palavra
É toda dolorida
Tenho a alma enervada
De vasos e veias carregada
De sonhos
E de Anseios tantos
Tenho a palavra
Inundada
Sangrando versos
Destoantes
Da vida que levo

Tenho a alma
Elevada
Estrangeirissima
Encarnada
Nesse mundo
Por algum motivo
Deportada
Do outro mundo

Falo noutra língua
Tenho fusos
Tão confusos
Sou má interpretada

Tenho a palavra
Dotada de mágoa
Bendita
Mal dita

Me receito ao universo
Em doses homeopáticas
Sou verso reverso
Nessa vida obscura
Vago iluminada

elle así

teu
ser
de
pedra
de
gelo
dentro
da
minha
blusa
abusa
da
minha
alta
temperatura

lunes, 14 de abril de 2008

Canção não esquecida

Eu sou rio e corro
Como quem precisa voar
Imprecisa mente
Eu quase vôo
E de repente
Preciso chegar
Viva
Nem sei em que lugar
Vou seguindo a força
Porque quero
Me encantar das coisas
Cantar além da margem
Distante do leito
No braço perfeito
Do meu eleito
E Amado delírio
Sigo sempre
Pra teu corpo corrente
De mar e de sal
Extravio no caminho
Sentires, cantares, voares
Arrasto
Peixes, ondas, olhares
És mar
És rio
E vives num fluxo de arrasar
Tudo que em teu caminho
Tenta-te
E tenta em ti ficar
És grave
És ave
Mas, não sabes voar
.

E eu poderia te cantar coisas novas
Mas não consigo ser nada
Que já não tenha sido
E seria até mais feliz
Se soubesse cantar o esquecido.