viernes, 6 de febrero de 2009

Canto dos sete portais

A vida era vazia e um frio congelava a fila das paixões,

Só se via o que não havia, tudo ali era ilusão,

Quando sentei meu coração no alto e contei umas estrelas vãs,

Tocou uma canção e era silêncio, brilhou um sol e era escuridão,

Dançávamos eu e um homem no centro de um imenso salão,

Eu de pérola bailava e ele de verde alvo me apertava em suas mãos,

Valsamos ali uma eternidade ao som de uma ausência de sons.

Todo o universo vibrava em nossos espíritos

Ele tinha nos olhos a imensidão, duns mares, duns Egitos

(Lugares onde só andavam os homens)

E eis que ali nascia um amor com a força de dez mil sois girando

Eis ali um amor ressuscitando em tempo de unir dois corações,

Hoje enquanto ausente ele vive dentro

E se presente é um presente em minhas mãos,

Eis que vivo um amor bíblico, como o das filhas do Rei Salomão

- Quem é o teu amado mais que os outros¿

Canto porque sou bendita entre as mulheres

Dois corpos, uma intenção

Todo céu azul é nosso

Todo silencio, uma canção

O mar nos embala em movimento

As estrelas são nossas irmãs, temos amor e amamo-nos sendo,

Amantes y irmãos.

lunes, 24 de noviembre de 2008

Oração para amar


Meu deus

Minha deusa

Dá-me um amor

Que seja amante

Como eu sei que sou

Que me ame e amadureça

E que no pós chama

O sol nos amanheça

Ainda nus

Meu deus dá-me um homem

Que tenha dons de amar

E de perdão PRINCIPALMENTE

Porque a mente há de trocar os nomes

Meu Deus

Minha Deusa

Que ele tenha mãos

(Sim porque mãos são amantes)

Quentes e domesticáveis

Dá-lhe desejos intermináveis

E que ele seja daqueles que sabem

Pedir quando querem dar

Que me conheça o cheiro, o gosto, o gozar

Que seja inteiro compositor de muitas posições

Que ele saiba fazer amor e canções

E que seja amor, amor que chega e fica até morrer.

lunes, 13 de octubre de 2008

Canção sem nome I

Ele tem a alma enfeitada
De uns céus
De uns diamantes
E tantas tortas estradas
E tantas desfeitas pontes
Ligando a terra e o nada
(que o faz amante)
Á noite penetra sua luz molhada
Em minha interna fonte
E temos a vida entrelaçada
E tantas tortas estradas
E tantas desfeitas pontes
Mas, é isso que faz a vida ser além
Dessas pegadas, desses montes
E eu fico por nada agradecida
Invento para ele um castelo
E me finjo adormecida
Além dessas (in)cantáveis canções
Sofro de corações antigos
E intermináveis orações

martes, 23 de septiembre de 2008

Canção prece

Senhor, até parece prece o canto que te fiz agora,
Uma espécie de oração, mas, que não se decora,
Brota feito fruto do coração.
Essa minha prece gloriosa louva tua mansidão,
Tua existência calma tua alma coração,
Um bem que até então eu não sonhava.
E andei sozinha perdida
E apenas em mim eu me encontrava
Agora é tua a minha casa
Agora é minha a tua asa
E por isso canto-te senhor a minha prece
E se pudesse te faria sempre meu
Mas, já sabemos, tudo é breve
E antes que esse canto seja triste
Te cantarei luzida de amor
Esta canção que mais parece prece.

Amém

Canção tateias

Há teias tantas no que tateias de mim
Que não sei se sabes ver além dessas pinturas
Cabelos, boca, unhas, tudo reinventei.
E passei a ser essa mulher recriada
Recriando talvez melhor me disfarço
E só eu sei o que há por baixo
Dessas cores que pintei

E por vezes acho que o que tateias de mim
Não te mostra que sou feita de umas cores além,
De umas águas mais, de umas letras sempre.
Sou muito além dos olhos de alguém
Que nem se vê.

Canção do descobrimento

Vermelha e formosa flor
A mim ele me diz contente
Um mimo generoso de dengo
Um sentimento de amor
Próprio da gente
Que traz consigo aroma e sabor
De colo que experimento
Solo e gozo
De sol amanhecendo
Acordo cedo no seu peito
E voto aos Deuses tal acontecimento
É muito amor que vem de dentro
Essa maravilha de viagem
Teu corpo e o meu se conhecendo
Tudo está como deve e nós não nos devemos
Andei pedindo liberdade
E ganhei um descobrimento

jueves, 31 de julio de 2008

Canção de luta e de luto

Meu querido luto
Prepara-te
Vou cantar-te assim
Num tom mais bruto
De coisa clara
Na cara no nu
Um brilho escuro de rosa jaz
Aliás, vou te dar uma saudade
De mim silenciosa
Voraz
Ansiosa
Não te deixará em paz

Quero ver-te sangrar
Jogado em mar “afundo”
Quero ver-te Naufragar

Feriste em mim a minha Deusa
Vais ter que pagar
Na cara no nu
Um grito só um corte a mais
Feriste a carne de minha alma
Sangue de memórias ancestrais
Eu te perdôo
Mas, a natureza...Jamais
Minha querida luta
Já não tem “voltar atrás”
Minha pena de ti
Do teu penar
Vai virar poema
Assim num piscar
Dos meus olhos
Nos olhos de quem virá

Ficarás pra sempre
Repartido
Sentido ressentido
Te arrependerás
Lamento tanto
Mas, no meu canto
Teu pranto
É tarde demais