De veludo vermelho e nobre
Revesti meu coração
Que era simples e pobre
Órgão velado vivo
Mais calado que ouvido
Colado em meu corpo
Batia e não se ouvia
Seu som disritmia
Era canção só minha
E eu que me sabia
Carne de água viva
Queimava ardia
Coração de brasa
Eu não ouvia
O que calava
E me dava à vida
Confundida comigo
Sempre levada
A ser o que não era
Perdão se não me explico!
É que não se explica
A primavera
Se hoje digo o que sinto
É porque muito senti
O tempo perdido
Do velado vivo
Emudecido
Olvidado
Canto do meu coração
Tomem este
Incêndio descontido
Ouçam sem ouvidos
E não me queiram
Mal por isso.
lunes, 25 de febrero de 2008
Suscribirse a:
Entradas (Atom)