lunes, 19 de noviembre de 2007

Del rei (te quiero)

Quero-te
e inspiro tua lembrança
no meu cheiro
deixaste em mim
qualquer desmantelo
que mudou meus ventos
que me tirou do ponto
e parou meu tempo
Estimo tanto
o teu bom senso
mas te queria
menos denso...

Deixa-me adentrar-te
com meus rios
de conchinhas musicais
deixa-me adivinhar-te
os sentidos
verás que além de seis
são mais...
Eu sei de movimentos
que fazem cantar
os ventos
vem com tuas mãos
de algodão
me desvendar por dentro
das pétalas do meu corpo
das peles da minha flor
de sentimento
são tantas as sensações
aqui dentro
e meu pensamento
é só te dar
minha calma
meu fogo
meu veneno...

Meu mundo
em movimento...
fazer amor mordendo
o teu beijo intenso
vou entrar-te
estou batendo
abre-te!
pra que eu te desvende
tenho resguardadas
eras de perdição, salvação
e sofrimento
adorando-te à sombra
a sobra da tua luz
é a imensidão
desse sentimento
sou tua cruz e espada
tua estrada, tua via
vadia, virada
noite e dia
é madrugada
deita-te e me arde
adota-me e me adora
à tua vontade.

Meu rei
tua majestade

2 comentarios:

Eunice Boreal dijo...

Lendo os teus versos lembrei de Itamar assunção sendo cantado por ney...
Boca vermelha...cor da aurora.
besos, poeta!
*********=

Eunice Boreal dijo...

Eu estava aqui fazendo uma pesquisa, quando lembrei do teu poema deseo e vi que esse texto será um bem pra ti.
:***


Desejo e Prazer - Gilles Deleuze

(...) Para mim, desejo não comporta qualquer falta. Ele não é um dado natural. Está constantemente unido a um agenciamento que funciona. Em vez de ser estrutura ou gênese, ele é, contrariamente, processo. Em vez de ser sentimento, ele é, contrariamente, afeto. Em vez de ser subjetividade, ele é, contrariamente “hecceidade” (individualidade de uma jornada, de uma estação, de uma vida). Em vez de ser coisa ou pessoa, ele é contrariamente, acontecimento. O desejo implica, sobretudo a constituição de um campo de imanência ou de um “corpo sem órgãos”, que se define somente por zonas de intensidade, de limiares, de gradientes, de fluxos. Esse corpo é tanto biológico quanto coletivo e político; é sobre ele que os agenciamentos se fazem e se desfazem; é ele o portador das pontas de desterritorialização dos agenciamentos ou linhas de fuga. O corpo sem órgãos varia (o da feudalidade não é o mesmo do capitalismo). Se o denomino corpo sem órgãos, é porque ele se opõe a todos os estratos de organização, tanto aos da organização do organismo quanto aos das organizações de poder. São precisamente as organizações do corpo, em seu conjunto, que quebrarão o plano da imanência e imporão ao desejo um outro tipo de “plano”, estratificando a cada vez o corpo sem órgãos.

Ele completo: http://groups.google.com/group/Midiateca-HannaH/browse_thread/thread/29c2405d182d4bd0

;)