Eu quero inteiro teu leito,
Direito, esquerdo de lado alado e ao avesso.
Eu preciso guardar meu impreciso em cada canto do teu peito.
Deixa cair em tempo meu céu de estrelas desfeito,
(Parte do Universo nasceu desse jeito).
Meu templo de amor.
Silêncio, camisola, incenso.
Sem hora, sem mora, sem demora.
Mãos vão-se. Anéis não.
O tempo desespera quem espera,
E desfaz do amor a intenção.
E se não me engano, não te engano.
Eu quero amor e tem que ser o teu
Me dá teu chão, tua dança, teu receio.
Escorpião me envenene bem pra sempre
Que morrendo chego a ter-te eternamente.
Em suma, és suco estrelado de minha luta,
Fruta, pão, açúcar.
Eu quero amar-te e este é meu modelo de céu,
(A parte sagrada do rasgado véu),
Meu coração, templo aberto.
O tempo todo sangrando mel.
jueves, 24 de enero de 2008
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