martes, 18 de septiembre de 2007

...de hoje

Acordei na hora da estrela
e me vi trancada em chave segredo
entrecortada pelas leis do medo
furos e mais furos na raiz do ermo
escapei sem chão pela janela do teto
lenta escuridão vento rezando objeto
sem vela sem pão faca cega na pele
acordei na hora mas a hora já não era
e fiquei cega de sorriso surdo
não cantei nada lamento mudo
minha voz desafinada disse tudo
já não quero o raso d’água
quero do mar o mistério mais fundo
rogo paz aos teus deuses
que de pranto sou quase santa
só dormindo eu fico em paz
como quem jaz já sem sonho
acordei sangrando irrespirável ar
faca na pele como estrela
morri te iluminando...

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